terça-feira, 14 de julho de 2009

Cabaret


Fui ao meu puteiro favorito. Aquelas mulheres todas a minha disposição, podendo tocá-las a vontade. O que me faz gostar daqui é a diversidade, nunca encontrei a mesma puta duas vezes.

Puxei-a pelos braços, fodemos ali, em cima da mesa. Os cabelos pretos beirando o azul, os olhos penetrando minha alma e eu penetrando-a. Quando quero conversar vou até um bar, gosto de foder em silêncio. Tenho ereção prolongada, não consigo gozar. O gozo paradoxalmente pra mim, é um sofrimento. Fui casado por três meses. Minha ex não se contentava em ter um cacete rígido, vermelho, com as veias salientes durante horas. Queria ver esperma, porra. Certa vez me disse que o seu maior desejo não era mais ter um filho e sim que eu esporrasse em seu rosto, em todos os buracos do corpo, inclusive nas narinas e nos ouvidos. Toda porra contida no quarto eu despejava quando estava a sós no banheiro. Contei isso a ela enquanto jantavamos. Em sua histeria gritava que eu preferia minha mão do que a sua vagina. Entre lágrimas, quis saber com quais das mãos eu a traia. Iria dizer que eram com as duas, mas por um acaso do destino disse ser a direita. Naquela noite dormi na sala. Acordei molhado em meio ao sangue. Beatriz havia decepado minha mão direita e jogado-a pela janela do nosso apartamento. Durante três meses dediquei-me a tornar hábil à esquerda. Comecei a frequentar um clube de burguêses, dormia escondido no ginásio. Donato; o porteiro, me deixava entrar sem pagar. Passava a manhã no paredão, com solda confeccionei uma raquete especial pra mim, pesando quatro quilos trezentas e sete gramas. Assim desenvolvi os músculos do braço. Pela tarde praticava esgrima a noite caligrafia para relaxar.
Estava saciado por essa noite. Sou obrigado a meter em todas, pois como disse: quando voltar amanhã já serão outras que estarão a minha espera. Vesti meu casaco e sai do necrotério.

2 comentários:

  1. que no-jo.
    a mulher dele deveria ter arranjado como amante aquele cara do conto 'sábado'. ia se dar bem.

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  2. Sempre perturbador,
    no melhor dos sentidos!
    Zamba

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